quinta-feira, 18 de abril de 2019

TEORIA DA EVOLUÇÃO (LAMARCK E DARWIN)

LAMARCK

Lamarck defendia a evolução como causa da variabilidade, mas admitia a geração espontânea das formas mais simples. Observando os seres vivos à sua volta, Lamarck considerava que, por exemplo, afirmava que ao fazerem força para alcançar alimento em árvores altas, as girafas esticavam seu pescoço e com o tempo os pescoços ficavam mais compridos. Essa característica é passada às gerações seguintes, que nascem gradativamente com o pescoço mais comprido.  Assim, as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições diferentes iriam sofrer alterações das suas características. Atualmente, essa ideia de Lamarck é rejeitada. 
O mecanismo evolutivo proposto por Lamarck considera que as variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se adaptar; a lei do uso e desuso; e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos. Sobre a teoria da transmissão dos caracteres adquiridos, Lamarck estava errado. De fato, o ambiente provoca mudanças de fenótipo nos organismos, porém foi comprovado experimentalmente que as mudanças adquiridas não passam à prole. 



DARWIN

A seleção natural proposta por Darwin considera que os organismos vivos têm grande capacidade de reprodução, portanto cada população tem tendência para crescer exponencialmente, se o meio o permitir, levando à superprodução de descendentes. Quando o meio não suporta tantos descendentes desencadeia-se uma luta pela sobrevivência entre os membros da população. Com isso, poucos indivíduos chegam à idade de procriação, já que a quantidade de alimento existente no ambiente é limitada. 
Outro fator considerado é a existência de variações hereditárias dentro de um mesmo grupo. Essas variações podem ser transmitidas aos descendentes. Os indivíduos com caracteres que lhes confiram uma vantagem competitiva num dado meio e tempo são mantidos por seleção e produzem mais descendentes, enquanto os restantes são eliminados, não se reproduzindo. Assim sobrevivem os mais aptos. Esse fator é denominado reprodução diferencial. Por reprodução diferencial, as características da população vão mudando num espaço de tempo mais ou menos alargado. Dessa forma, cada geração ficará sucessivamente mais adaptada às condições do ambiente.
Para Darwin, os ancestrais das girafas, de acordo com o documentário fóssil, tinham pescoço mais curto. O comprimento do pescoço variava entre os indivíduos das antigas populações de girafas. Essa variação era de natureza hereditária. O tamanho do pescoço dos ancestrais da girafa variava, sendo que alguns eram compridos e outros, mais curtos. Os animais de pescoço longo alcançavam as folhas mais altas das árvores e levavam vantagem para se alimentar. Por isso, tinham mais chances de sobreviver e deixar descendentes. A seleção natural privilegiou os indivíduos de pescoço mais comprido durante milhares de gerações, e é responsável pelo pescoço longo das girafas atuais. Esse processo pressupõe a existência de variabilidade entre organismos de uma mesma espécie (variabilidade entre as girafas). A mortalidade foi maior entre os indivíduos menos adaptados ao meio, pelo processo de escolha ou seleção natural, restando apenas as girafas que melhor se adaptaram ao ambiente.



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